sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Todos contra o tombo.


Quando estiver na faculdade, trabalhe muito e sobretudo de graça. Lá é o único lugar (a não ser que você pertença ao terceiro setor) que dá para curtir desse privilégio. A faculdade é um laboratório humano interessante porque é onde somos inteiramentes ratos e cientistas simultaneamente.

Eu concluí minha graduação há um ano, de lá pra cá, não mostrei mais as caras para a academia, nem para uma pós nem um novo bacharelado. Mas há indícios claros que eu vá tomar vergonha na cara e cursar LETRAS. Veremos!

Enquanto seu lobo não vem, melhor dizendo: enquanto eu não me movimento, vou tirando uma casquinha do que dá. Tempos desses, pouco mais que um mês, um grupo de Biologia da UNIR precisava de um empurrãozinho na produção de um vídeo. Eles já tinham pensado em tudo, só faltava a edição. Eles me chamaram e me dei bem porque tive contato com pessoas que tem os olhos brilhantes (típico de universitário da primeira graduação) e de quebra, ainda aprendi um pouco de como funciona a memória na versão da Biologia. Eles aprenderam algo comigo? Pouca coisa, por exemplo:  o vídeo engorda a pessoa até 7 kg, que uma fita isolante no lugar certo, faz todo mundo ser fodão ao olhar para a câmera e aprenderam também a famosa regra dos 3 segundos.

E é assim que funciona a universidade, muitas mentes discutindo e tornando as ciências complexas verdadeiras papinhas de neném (É, forcei a barra). Então se o acadêmico de direito só estuda direito, coitado dele. Não sabe o que perde sem um bizu com o povo de jornalismo e de arquitetura. Direto é funcional e sistemático, mas o futuro jurista pode ganhar ainda mais convivendo com jornalistas, principalmente no quesito de infiltrar-se e ter um senhor jogo de cintura. Os arquitetos são ótimos projetistas, o que também pode lhe valer e muito.

Minha prima que faz Nutrição, comentou que sua professora  pediu que seu grupo lançasse um produto (elas fizeram), montasse toda uma estrutura de abordagem para apresentar o tal produto (elas fizeram), aí a professora pediu um teaser (termo técnico de um tipo de propaganda). Minha prima foi humilde e disse: E agora?

Propus que ela esquecesse termos do tipo "ESTÁ CHEGANDO BLÁ, BLÁ, BLÁ" ou "AGUARDE..." no lugar disso que apostasse no humor. Sugeri algumas frases, ela gostou e disse,"Que deus lhe pague". Não minha amiga, você já me pagou ao dizer em outras palavras: CADA MACACO NO SEU GALHO.

Por enquanto eu a perdoo por ser uma universitária, mas o melhor já aconteceu: o intercâmbio. Um sistema social e capitalista, funciona melhor quando cada área por sí só, prima por sua permanente qualidade. Feito isso, cada uma respeita o galho alheio.

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